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segunda-feira, 6 de março de 2023

 



Promoções na Bertrand do Dia Internacional da Mulher

8 de Março


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blog sem custos adicionais para vocês.




Obrigada!





quinta-feira, 2 de março de 2023

Opinião - A Casa do Outro Lado do Lago, Riley Sager

 




Leitura 17/2023


Neste terceiro livro do Riley Sager publicado em Portugal, a história vai levar-nos até ao Vermont, nos EUA.

Casey Fletcher é uma conhecida atriz que recentemente perdeu o seu marido. Depois de passar por um mau momento aos olhos da imprensa, devido ao seu consumo abusivo de álcool, Casey refugia-se na casa do lago da sua família. O lago é conhecido por ter uma certa aura misteriosa e assombrado pelo desaparecimento de três jovens raparigas da zona.

Na casa do lago Casey tem agora uns novos vizinhos: Tom, um CEO da tecnologia e Katherine Royce, uma famosa ex-supermodelo. A casa deles é do lado oposto do lago em relação à casa de Casey, e é daquelas moradias todas envidraçadas.

Numa das suas tardes passadas no alpendre com os seus binóculos e bourbon, Casey vê algo estranho na água. Pega no seu barco e vê que é Katherine que está a boiar na água. Casey consegue salvá-la e a partir daí a tornam-se grandes amigas. Mas à medida que vai ficando viciada em vigiar a casa de Tom e Katherine, começa cada vez mais a desconfiar que o casal perfeito não é assim tão perfeito. Até que um dia Katherine desaparece e Casey acha que Tom é o responsável.

Gostei muito de ler esta história onde nada é o que parece. Os capítulos curtos e o enredo cativante fizeram-me ficar agarrada a esta trama desde cedo. Contamos com uma protagonista não confiável devido ao seu estado de embriaguez constante. Suspeitamos de todas as personagens envolvidas nesta trama.

Repleto de plots twists e segredos desenterrados do passado, é um livro de leitura compulsiva onde jamais teria adivinhado a verdade dos factos. Um autêntico page turner.


Agradeço à editora Guerra e Paz o envio de um exemplar.


terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

Opinião - Regresso ao Éden, Paco Roca




Leitura 22/2023


Paco Roca já nos habitou a histórias fortes e duras que emocionam.
Regresso ao Éden não é exceção.

Pegando numa foto da sua família tirada em 1946, na praia de Nazaret, Paço Roca conta a sua história.

Na época do pós guerra, em Espanha, onde o regime ditatorial de Franco está fortemente implementado, conhecemos como a vida era tão difícil para estas gentes.
Tentava-se sobreviver com as senhas de racionamento distribuídas pelo regime, que nunca chegavam para as necessidades básicas das famílias. Era frequente, sempre que possível, recorrer-se ao mercado negro para obter os produtos que tanta falta faziam. A miséria e a fome eram abundantes...

Gostei muito de ler esta história que contém várias referências autobiográficas. O autor e ilustrador conseguiu expressar e transmitir várias emoções ao longo do livro. As ilustrações e cores usadas combinam muito bem com as palavras.

Contada da perspetiva de Antónia, é uma bonita homenagem à mãe do autor onde recorda a miséria e repressão vivida neste tempo.

Uma história crua e dura, que emociona, de um passado não tão distante assim do presente.

⭐⭐⭐⭐


Quem não conhece as obras de Paco Roca, tem de conhecer!

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Opinião - Rei Branco de Juan Gómez-Jurado

 




Rei Branco, o último livro que encerra trilogia Antónia Scott.

“Espero que não te tenhas esquecido de mim. Queres jogar? Foi esta a mensagem que Antónia recebe no seu telefone e é assim que vai começar mais uma aventura alucinante.

 Neste livro que vamos conhecer e entender o que ficou sem explicação nos dois livros anteriores. É um fechar de ciclo, onde as pontas soltas são atadas de uma forma inteligente. É, mais uma vez, uma trama cheia de ritmo, tensão e intriga, mas com o habitual toque de humor e sarcasmo.

Com capítulos curtos que incentivam a leitura rápida, este terceiro livro é um autêntico “page turner”. O primeiro livro foi o meu preferido, mas a série está muito bem construída. Antónia é de facto uma personagem única que emparelha bem com o Jon. Vou ficar com saudades desta dupla!

Recomendo a quem goste de um bom thriller repleto de segredos e intriga.

"Três casais que fingem prestar-se atenção enquanto vêem o seu Instagram, dois hipsters que fazem de conta que escrevem um romance nos seus MacBooks, um assassino psicopata. É mais fácil reconhecer o último, é o único que, em vez de um dispositivo eletrónico, tem um livro de papel na mão."

 Classificação: 4/5


Obrigada à Planeta Editora a oferta de um exemplar.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Opinião - Maria Montessori e a Escola da Vida de Laura Baldini

 


Ver mais aqui



Em jeito de biografia romanceada, a autora italiana Laura Baldini conta a história desta incrível mulher.

Maria Montessori quebrou muitas das regras sociais e morais da sua época, finais do Séc. XIX. Começou por ter nascido no seio de uma família que, apesar de alguma resistência do pai, Alessandro, teve sempre o apoio da mãe para estudar.

Com 26 anos de idade tornou-se a primeira mulher médica em Itália, depois de ter sofrido bastante com os seus colegas homens, que não queriam uma mulher médica, além de muitos dos seus professores a tratarem de modo diferente.

Após a conclusão do seu curso foi trabalhar com crianças com necessidades especiais para uma clínica psiquiátrica em Roma. Nesta instituição as crianças consideradas à época deficientes passavam o dia inteiro enfiadas dentro de um quarto, sentadas na cama e sujeitas a tratamentos cruéis como os banhos de água fria e até os choques elétricos.

Maria Montessori conseguiu com os seus estudos, persistência e resiliência, dar uma nova vida a estas crianças, que foram capazes de aprender coisas que ninguém acharia possível. Rapidamente tornou-se uma pessoa conhecida e admirada em toda a Itália e até na europa, onde se deslocou várias vezes para discursar em várias conferências.

A autora também nos conta sobre a vida pessoal de Maria, a relação com os pais, a sua amiga de longa data, Anna e até a relação muito especial que teve com um homem.

Uma história que adorei conhecer, pouco sabia da vida desta mulher fantástica. Conhecia apenas um pouco do método de ensino que criou. Maria Montessori foi uma mulher extraordinária que deixou um legado muito importante e valioso e que impactou e deixou marca em tantas pessoas, especialmente nas crianças de todo o mundo. Uma mulher muito à frente do seu tempo e que nunca deixou de lutar pelos seus sonhos, apesar das inúmeras barreiras que foi encontrando. Foi uma grande oradora e conseguiu que a sua voz se fizesse ouvir num mundo onde só os homens se destacavam.

➡️ A não perder ⬅️

⭐⭐⭐⭐

Obrigada à editora Alma dos Livros pela oferta deste livro.



domingo, 21 de agosto de 2022

Opinião - Sashenka de Simon Sebag Montefiore

 




    Em Sashenka vamos mergulhar na história da Rússia, desde o fim dos Czares até ao período pós-soviético.

    O livro está dividido em três partes:

    A primeira parte remete-nos para 1916, altura em que Sashenka tem 16 anos, frequenta um colégio feminino. Um dia a polícia detém-na à porta do colégio e é levada para a prisão acusada de espionagem. O seu Tio Mendel é bolchevique e recrutou-a para ser espia, ficando conhecida com o nome de código “Raposa da Neve”.Criada no seio de uma família rica e influente, com ligações ao Czar, Sashenka não se identifica minimamente com o modo de vida dos pais.

    A segunda parte é passada em 1939, para Moscovo, quando Sashenka é casada com um membro do partido comunista, Vanya e tem dois filhos Carl e Branquinha. Sashenka e começam a temer pelos seus filhos e pelas suas vidas quando surge uma onda de desaparecimentos de pessoas à volta da desta família. Um clima de terror onde a polícia secreta persegue quem cometeu crimes contra o partido comunista. É então que a vida desta família terá um trágico destino quando Sashenka se apaixona perdidamente por Benya Golden.

   Na terceira parte desta história, passada em 1994, Katinka, uma jovem historiadora Russa é contratada por Roza Getman para descobrir o que aconteceu à sua família, de quem nada sabe, na Rússia durante o período estalinista. Enquanto Katinka faz a sua investigação, depara-se com o nome de Sashenka.

  Eu adoro uma boa saga familiar e este livro prendeu-me logo nos primeiros capítulos. Gostei de conhecer todo o ambiente à volta da ascensão do comunismo russo, que tão bem o autor descreveu. Como a espionagem e contraespionagem funcionavam, a polícia secreta, os agentes duplos, assim como os campos de trabalho bolcheviques. Mas confesso que o me arrebatou foi a terceira parte do livro, onde há a procura pelo que aconteceu após o final abrupto da segunda parte do livro. Adorei toda a investigação e como Katinka conseguiu seguir as pistas e ligar factos para chegar à descoberta final. Foi a cereja no topo do bolo.

    Com uma escrita clara e cativante, é um livro a não perder para os amantes de sagas familiares e romances históricos. Uma história sobre família, amor, luta e sobrevivência que me emocionou.

    Este livro é o primeiro da chamada trilogia de Moscovo, pelo que fico ansiosamente à espera para ler o segundo livro.

     Classificação: 4/5


    Agradeço à editora a oferta de um exemplar.

quarta-feira, 10 de agosto de 2022

Opinião - O Código Katharina de Jørn Lier Horst

 




Este é o segundo livro que leio do autor da série William Wisting.

Em O Código Katharina, somos transportados para uma pequena cidade na Noruega, onde o detetive Wisting vive, numa casa na mesma rua que a sua filha Line e neta Amalie.

O dia 9 de outubro está a chegar, o dia em que Katharina Hauger desapareceu sem deixar qualquer rasto. Apenas um papel deixado na cozinha com números, linhas e uma cruz, o Código Katharina.

Wisting foi o detetive que investigou o caso há 24 anos e que nunca foi resolvido. Todos os anos o detetive volta a analisar o processo há procura de alguma coisa que lhe tenha escapado. Todos os anos, nesse dia, Wisting visita o marido de Katharina, Martin.

Só que este ano, Martin não se encontra em casa quando Wisting o vai visitar nem atende as suas chamadas. Algo de estranho se está a passar…

Em simultâneo, aparece um investigador de Oslo, Stiller, especialista em casos arquivados que pensa que Martin é suspeito no rapto de uma jovem, Nadia Krogh, pouco tempo antes do desaparecimento de Katharina.

Mais uma boa leitura, neste ambiente frio e sombrio das florestas da Noruega. Gosto muito do detetive Wisting e apreciei bastante conhecer mais da sua vida pessoal, assim como do envolvimento da filha Line nesta história.

É um livro que vicia logo nos primeiros capítulos e que é um autêntico “page turner”. A escrita do autor é envolvente e os conhecimentos que o autor tem sobre as investigações estão bem presentes. Apesar de ser uma série, não é necessário ler este livro por ordem.

Se gostam de thrillers nórdicos, passados em cenários sombrios, esta série é um “must read”.


Classificação: 4/5


Obrigada à editora pelo envio de um exemplar.




quarta-feira, 8 de junho de 2022

Opinião - Criada, A luta de uma mãe pela sobrevivência de Stephanie Land

 






    Stephanie Land sempre quis ser escritora. Conseguiu realizar o seu sonho e escreveu sobre a sua própria experiência de vida. A vida de uma jovem mãe, que cedo na gravidez foi abandonada pelo seu parceiro, um romance de verão. A vida de uma mãe que luta por sobreviver num país onde a desigualdade social é cada vez mais acentuada e onde trabalhar já não é suficiente para viver.

    Vendo-se a braços com um bebé recém-nascido, com os seus planos de estudar na universidade interrompidos, sem qualquer apoio da sua família mais próxima, a maioria a viver longe da sua zona de residência, Stephanie começa a trabalhar numa empresa de empregadas domésticas. Aceita o máximo de casas que consegue, tenta obter todas as ajudas estatais a que tem direito para que possa sobreviver até ao fim do mês e nada faltar à filha. Consegue ir para alguns abrigos, a maioria com más condições de salubridade, tentando sempre melhorar o interior da casa para se adequar a ela e à filha Mia.

    Num retrato duro e bastante emotivo, Stephanie relata como foi conseguindo sobreviver, muito com a ajuda social existente no EUA. Mas mostra-nos como não é de todo fácil ter acesso aos apoios sociais e como os requisitos a ter e a manter durante o tempo em que a ajuda é concedida, são extremamente rigorosos. Fiquei chocada por saber que as pessoas que beneficiam destes apoios são altamente discriminadas e apontadas na rua e nos supermercados, por exemplo, quando ela usa os chamados "food stamps", ou vales de comida que podem ser descontados.

    Gostei bastante de ler esta autobiografia e ficar a conhecer mais da realidade de um dos países mais ricos do mundo, ficar a conhecer aquilo que não se mostra nos filmes e nas séries. Uma realidade que em vários aspectos também existe por cá e certamente em muitos outros países...
Um livro que nos leva a refletir sobre o que é importante e se é num sistema assim que queremos viver. Uma história de vida que mostra como vivem os novos pobres: aqueles que trabalham longas horas e ainda assim não conseguem sobreviver e sair do limiar da pobreza. Mas é também uma história de resiliência, superação e segundas oportunidades.

Há uma série na Netflix inspirada neste livro, como o mesmo nome, que vou querer ver.


Classificação: 4/5


Agradeço à editora o envio de um exemplar.




SINOPSE

Quando Stephanie Land ficou grávida, como resultado de um romance de verão, os seus sonhos de estudar na universidade para se tornar escritora foram bruscamente interrompidos. Mãe solteira, sem estudos, sem dinheiro, sem ajudas que não as dos programas alimentares do governo dos EUA, sobreviveu e cuidou da filha a trabalhar como empregada doméstica para famílias de classes média e alta, saltando de abrigo em abrigo, de desalento em desalento.

Nesta autobiografia, que transforma numa violenta crónica social, Land escreve sobre as desesperadas histórias dos cidadãos estado-unidenses sobrecarregados e sub-remunerados, sempre abaixo de um limiar de pobreza, por mais que trabalhem, por mais que se esforcem.

Com uma escrita íntima e uma visão emotiva, Criada é também o exemplo da superação: os estudos feitos pela autora, à noite, até chegar à licenciatura e à oportunidade para reencontrar o caminho de uma vida própria.
Criada, bestseller do The New York Times, foi o livro que inspirou a série com o mesmo nome, em exibição na Netflix.

CRÍTICAS
«A desigualdade social dos Estados Unidos sob o olhar de uma mãe, um relato da luta de muitas famílias em busca de sobrevivência e um lembrete de que há dignidade em todo o tipo de trabalho.»
Barack Obama